sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Quinta-feira é o novo dia D para o modelo de avaliação dos professores, já promulgado por Cavaco Silva


No dia 8 estará em votação, no Parlamento, uma proposta do PSD para a suspensão da avaliação
Quinta-feira é o novo dia D para o modelo de avaliação dos professores, já promulgado por Cavaco Silva

Promulgado anteontem pelo Presidente da República, o novo decreto que estipula o regime "simplificado" de avaliação dos professores poderá vir a ter uma vida curta, frisou ontem o secretário-geral da Federação Nacional de Professores, Mário Nogueira. O dirigente sindical lembrou, a propósito, que, por iniciativa do grupo parlamentar social-democrata, está agendada para a próxima quinta-feira a discussão e votação de uma proposta de lei que, a ser aprovada, suspenderá a avaliação do desempenho dos docentes aprovada pelo Governo.Os sociais-democratas frisam que se verifica "a possibilidade de alcançar um consenso parlamentar" nesse sentido. No mês passado, uma recomendação do CDS no mesmo sentido só não passou no Parlamento devido à ausência de 30 deputados da oposição, a maioria dos quais do PSD. Seis deputados do PS (Manuel Alegre, Teresa Portugal, Júlia Caré, Eugénia Alho e Matilde Sousa Franco) votaram pela suspensão da avaliação. Uma outra eleita socialista, Odete João, absteve-se. O que reduziu a maioria socialista de 121 para 114 (em 230 deputados). Se este feito se repetir e a oposição votar em bloco a favor da proposta de lei do PSD, a avaliação "imposta pelo Ministério da Educação e pelo Governo" será suspensa.Numa declaração colocada no site da Fenprof a propósito da promulgação, por Cavaco Silva, do novo decreto-lei que contempla as medidas de simplificação anunciadas em Novembro pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues, Mário Nogueira recordou também que este decreto só entrará em vigor após publicação em Diário da República. Segundo o Ministério da Educação, a partir dessa data, os conselhos executivos terão cinco dias para definir os calendários de avaliação das suas escolas."Se, ao promulgar o diploma legal, o Presidente da República fez o que dele se esperava, o mesmo acontecerá com os professores que, a partir de 5 de Janeiro, ao regressarem às escolas, continuarão a fazer o que deles se espera: a lutar, a manter suspensa a aplicação da avaliação", frisou ainda o dirigente sindical. "Infelizmente, o Presidente da República não tem mostrado suficiente sensibilidade para com a causa dos professores", lamentou, em declarações ao PÚBLICO, Mário Machaqueiro, responsável da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, um dos vários movimentos independentes que se constituíram no último ano. Essa é, aliás - sublinhou -, uma das razões que levaram estes movimentos a convocar uma manifestação frente ao Palácio de Belém para dia 19, data da nova greve nacional de professores convocada pelos sindicatos. O novo "simplex" agora promulgado prevê que os resultados dos alunos, a redução do abandono escolar e ainda todas as actividades inerentes à preparação e leccionação das aulas, tidos antes como absolutamente essenciais pelo ME, não sejam levados em conta na avaliação (este ano lectivo - comentário Maria cachucha). Os professores que estiverem em condições de pedir a reforma nos próximos três anos foram também dispensados da avaliação. Além destes, também os professores contratados pelas escolas para leccionar áreas profissionais, tecnológicas e artísticas poderão pedir a dispensa. (Os avaliadores só serão avaliados pelo Sr Director! - comentário meu)Segundo dados do ME, serão cerca de cinco mil os professores abrangidos por esta medida. A proposta de lei do PSD não avança com um modelo alternativo de avaliação. Para além da suspensão do actual modelo, propõe-se que o Governo adopte, no prazo de um mês, "um modelo transitório simplificado", e que aprove, até ao final do presente ano lectivo, um novo modelo "simples, justo e desburocratizado". Na segunda-feira está prevista nova ronda de negociações com o ME sobre o Estatuto da Carreira Docente. Para os próximos dias estão já convocadas reuniões em várias escolas com o objectivo de confirmar a suspensão da avaliação. Segundo contas da Fenprof, o processo está suspenso em mais de 450 escolas e agrupamentos. Para dia 19 está marcada nova greve nacional
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Obrigada AMIGA B

Até chorei...

"Perdi Os Professores Mas… Também A Opinião Pública" … e os alunos Quem é que nos ajuda quando estamos aflitos?Por Daniel Sampaio(…) quem nos ajuda quando estamos aflitos? Eu sempre contei com um ou dois dos meus stôres, o ano passado quando me achava um monstro (cheio de borbulhas e a sentir que as miúdas não olhavam para mim) foi a stôra de Português que me chamou no fim da aula e conversou comigo, bastou ela ouvir com atenção e dizer que compreendia o que eu sentia para me sentir muito melhor. E quando o Tavares disse que se ia matar porque a rapariga com quem andava foi vista a curtir com um gajo qualquer, foi o nosso DT que falou com ele e lhe arranjou uma consulta no psicólogo.Não percebo nada da guerra dos professores, só sei que deve ser justa porque eles esforçam-se muito, já pensaram no que é aturar a malta, sobretudo alguns que só querem fazer porcaria, põem-se aos berros nas aulas e não obedecem, às vezes até palavrões dizem para os stôres? Muitos de nós querem aprender, mas o barulho é grande e há muita confusão, há lá gajos, repetentes e isso, que só lá estão porque são obrigados, depois há outros que são de fora e não percebem bem português, outros ainda têm problemas em casa e passam mal, a Vanessa que tem um pai alcoólico e que chora quase todos os dias ainda por cima foi empurrada na aula por um colega que só lá está a armar confusão… o DT disse que nós devíamos ser responsáveis e que tínhamos de acabar com isso, mas eu acho que a ministra devia era dar força aos professores para serem melhores, o meu pai diz que ela às vezes está certa mas eu não concordo, se vejo todos, mesmo todos os stôres da minha escola contra ela devem ter razão, os professores às vezes erram mas são importantes para nós, precisamos de estudar para ver se nos livramos do desemprego, isso é que é verdade!Por isso espalhem este mail, façam forward para quem quiserem. Digam aos que mandam para terminarem com as discussões que já estamos fartos e como na minha escola somos todos contra isso dos ovos (uma estupidez), digam à ministra e aos sindicatos que já chega! Façam uma escola melhor, ajudem os professores a resolver todos os problemas das aulas (ninguém pode fazer isso em vez dos stôres) e arranjem maneira de nós aprendermos mais, para ver se percebemos melhor o mundo e nos safamos, o que está a ser difícil.Quem quiser dê opinião, o meu mail é brunovanderley@gmail.com, sou do 8.º E da Escola Básica 2/3 do Lá Vai Um.Daniel Sampaio. "O Natal que eu quero". Público (revista "Pública"), 30.Novembro.2008.

Obrigada E. C.



Exmo. Senhor
Presidente do Conselho Executado
O processo de execução do pessoal docente deve prosseguir com normalidade em todas as escolas, ou matadouros municipais na ausência das primeiras.
Os normativos letais que regem o processo, designadamente o arsénico a23, o cianeto C2 e a cicuta C9 estão plenos de vigor e rigor [mortis, digo eu] e neles se baseiam as resoluções peçonhentas recentemente enviadas a todos os locais de abate.
A execução dos docentes constitui, nos termos da gente, um dever mas igualmente um direito dos próprios e não pode ser posto em causa nem por falta de pontaria nem por qualquer forma de amnistia ou recusa de bala.
Aos órgãos de execução cabe cumprir e fazer cumprir o acto de fuzilamento não podendo permitir qualquer dúvida ou arrependimento do agente fuzilador.
Assim devem os Presidentes dos Conselhos Executados adoptar as providências extraordinárias ao normal desenvolvimento do processo de execução e desmentir rumores de falência na fábrica nacional de armamento pró-docente.
Com as melhores saraivadas
Comité de Execução dos Humanos na Educação - CEHE

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

La Escuela Está Que Arde

Os nossos vizinhos espanhóis devem estar estupefactos com o rumo dos acontecimentos aqui pelo rectângulo. Enquanto por aqui se continua a assistir ao mais vil ataque que este país já viu feito a toda uma classe, e logo a uma das mais importantes e fundamentais para país, porque com responsabilidades educativas das gerações mais jovens, na Extremadura faz-se publicidade a acarinhar os docentes. Bonito de se ver.Confirme aqui http://www.educarex.es/documentos/anuncio/anuncio.html"La escuela está que arde. Una palabra maldita, evaluación, ha movilizado a los docentes. El 8 de noviembre, 120.000 maestros tomaron las calles de Lisboa para protestar. En marzo se habían manifestado 100.000. Hay unanimidad al señalar el malestar: el Estatuto de la Carrera Docente, de 2007, que divide el profesorado entre maestros titulares y maestros a secas, a partir del balance del trabajo realizado los últimos siete años. Y muchos llevan más de 20. Una evaluación que valora más a quien ocupa un cargo que a quien imparte clases."In El Pais Online, de 8/12/08

sábado, 6 de dezembro de 2008

Suspensão da Greve do dia 9 (Norte) e seguintes

A Plataforma Sindical dos Professores decidiu suspender a realização das greves regionais da próxima semana, na sequência da marcação de uma reunião com agenda aberta no Ministério da Educação no próximo dia 15 de Dezembro, onde avaliará a alegada disponibilidade do ME para a negociação.
Nessa reunião, os sindicatos colocarão em cima da mesa as exigências dos professores relativas à suspensão, e posterior substituição, do actual modelo de avaliação e à revisão do Estatuto da Carreira Docente.
A preceder esta reunião no ME, a Plataforma Sindical propõe que, no próximo dia 11 de Dezembro os professores reafirmem claramente estas exigências, através da aprovação de posições em reuniões realizadas ao abrigo da lei sindical, em todas as escolas.
Neste contexto, a Direcção do SPN reafirma:
- a sua completa rejeição do modelo de avaliação do ME, com ou sem simplificações;
- a sua recusa em equacionar a aplicação deste modelo no presente ano lectivo;
- o seu apelo a que os professores e os órgãos de gestão resistam às pressões crescentes da administração e mantenham a recusa colectiva em entregar os objectivos individuais, e em concretizar todas as recentes orientações e despachos do ME sobre esta matéria;
- a sua determinação em desenvolver as lutas necessárias à consecução das justas reivindicações dos professores;
- a sua confiança nos professores do Norte, que mostraram inequivocamente no passado dia 3 que não se resignarão e não desistirão de defender a sua dignidade profissional e a qualidade da escola pública.

O capital de unidade e de mobilização que os professores conseguiram em 2008 - patente nas gigantescas manifestações de 8 de Março e 8 de Novembro e, mais recentemente, na maior greve de sempre dos docentes portugueses - é o melhor garante do sucesso da sua luta contra a arrogância e prepotência da actual equipa do ME e deste Governo.
Luta que continuarão a travar com os seus sindicatos.
Porto, 6 de Dezembro de 2008
A Direcção do SPN

Descongestionar

uma raridade - video dos dire straits copiado do blogue de um colega que considero!
http://www.youtube.com/watch?v=7lxfKVtyeHQ

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008